segunda-feira, 8 de setembro de 2008

sábado, 5 de julho de 2008

DIAS 11 e 12 DE JULHO


sábado, 3 de maio de 2008

Breve.... AGUARDEM


quarta-feira, 30 de abril de 2008

Mete O Pau Nele

Mete o Pau Nele! é uma comédia que conta a história de um casal... Amélia e Marino, que se conhecem numa boate... dançam, bebem... a partir daí, ambos decidem morar juntos, e no decorrer desta relação, Amélia depara-se com um homem de personalidade instável e distúrbios emocionais.
Marino ama viver a vida de uma forma intensa. Bebe, usa drogas, e curte sexo de uma forma promíscua... sem se dar conta de que Amélia é o seu verdadeiro amor. Amélia sofre com sua enteada. Marino, bêbado, violenta Amélia, até que ela consegue se safar com ajuda de sua mãe, que humilha Marino enquanto salva a filha de tal forma que o mesmo sente-se o pior dos homens (tudo com muita comicidade).
Mais tarde, Amélia retorna como a governanta Ofélia para se vingar de Marino, que além de se encontrar numa cadeira de rodas, convive com uma prostituta em casa.
Tragédia e Comédia bem temperadas na medida certa!

Mais informações sobre o espetáculo: www.meteopaunele.com.br

domingo, 13 de abril de 2008

EM MAIO.... AGUADEM!!!!


sábado, 12 de abril de 2008

A CIA


quarta-feira, 19 de março de 2008

Alguém Faça Alguma Coisa

O PISD - Programa de Inclusão Sócio-Digital, agregado à SECTI - Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado, promoveu "Encontrão" de Gestores e Monitores dos CDC´s - Centro Digital de Cidadania no Sesc de Piatã em 13, 14 e 15 de março, e no momento cultural do evento a Cia de Teatro Solidário de Brotas, apresentou o espetáculo ALGUÉM FAÇA ALGUMA COISA, (texto e direção de Fábio Marcelo), compondo o elenco: Robson Raykar, Deivisson Gerdel, Mary Ramos, Lay Satos, Gabriel Bispo e Everson Caturebes, fazendo a alegria do público.

Mais um bem sucedido trabalho da Cia.

sábado, 16 de fevereiro de 2008

Chico Assis

Chico Assis, essa figura é a referência para todos os integrantes da cia, assumiu no ano de 2007 a coordenação do Cine Teatro Solar Boa Vista, trazendo muitas mudanças e melhoras para o cine teatro, eventos e peças teatrais agora são constantes. Com a chegada de Chico, finalmente a comundiade sabe o que é ter um teatro.
Hoje batemos no peito e podemos falar: "Eu vou no Teatro Solar Boa Vista". A Cia de Teatro Solidário de Brotas, aproveita o espaço para parabenizar o Coordenador Chico Assis, pelo excelente trabalho que vem fazendo no Cine Teatro e deixa a frase abaixo como um resumo de tudo que seria dito a esse grande homem.

"Quem tentar possuir uma flor, verá sua beleza murchando. Mas quem apenas olhar uma flor num campo, permanecerá para sempre com ela."
Paulo Coelho

A CIA NA MARATONA CULTURAL NO SOLAR BOA VISTA

Promovia pela SMEC - Secretaria Municipal de Educação e Cultura, A MARATONA CULTURAL foi realizada no Parque Solar Boa Vista no dia 25/01/2008, entre várias apresentações a Cia de Teatro Solidário de Brotas apresntou a peça ALGUÉM FAÇA ALGUMA COISA, que foi apresentada as 20h no Cine Teatro Solar Boa Vista....... foi mais uma apresentação bem sucedida da cia nos seus quase três anos de existência..

domingo, 20 de janeiro de 2008

Paula? Lais?



Paula? Lais?
Lais ou Paula?
Essas duas figuras fantasticas integrantes da Cia de Teatro Solidário de Brotas há pouco mais de 1 ano, são "unha e carne", se falar que antes de se integrarem a cia de teatro elas nao se conheciam, ninguém acredita, pois hoje a amizade delas é tão grande que raramente encontramos uma sem a outra.
Lais: Entrou na cia meio desconfiada, com um ar tímido e pouco sorridente, logo foi se descontraindo e deixando fluir todo o talento oculto que adormecia dentro de si, nos ensaios e oficinas ela se mostrava bastante tímida, porém interessadissima em aprender, e aos poucos foi desenvolvendo com dinamismo e talento todo sua vontade de ser atriz, e nao deixou a desejar, na peça Drogas? Um caminho. Cem voltas. desempenhou com competência e alegria a personagem AMANDA, surpreendendo não somente ao seu Diretor Fábio Marcelo, bem como a todos que assistiram. Lais, hoje, se mostra uma pessoa totalmente descontraida e dedicada ao teatro, vergonha? timidez e desconfiança? Não fazem mais parte da vida de Lais nos palcos, pois ela vem se desenvolvendo a cada dia.
Paula: Batalhadora, prestativa e sorridente, Paula tem o teatro no sangue, muito curiosa sempre querendo saber sobre tudo que está acontecendo fora dos palcos no que diz respeito a cia e teatro, ela sempre encontra uma forma de ajudar, com Paula é assim, precisou ela tá la, com um jeitiho meigo de delicado, ela se transforma nos palcos, demonstrando todo seu talento e força de expressão. Quando Paula fala o chão treme... Nao tem quem nao se encante com tamanha simpatia, pode-se dizer que ela nasceu para os palcos.

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Paulo Freire





Paulo Reglus Neves Freire
(Recife, 19 de setembro de 1921São Paulo, 2 de maio de 1997) foi um educador brasileiro .Destacou-se por seu trabalho na área da educação popular, voltada tanto para a escolarização como para a formação da consciência. É considerado um dos pensadores mais notáveis na história da pedagogia mundial, tendo influenciado o movimento chamado pedagogia crítica.



Biografia

Nascido em família de classe média no Recife, Paulo Freire conheceu a pobreza e a fome durante a depressão de 1929, uma experiência que o levaria a se preocupar com os pobres e o ajudaria a construir seu método de ensino particular.

Freire entrou para a Universidade do Recife em 1943, para cursar a Faculdade de Direito, mas também se dedicou aos estudos de filosofia da linguagem. Apesar disso, nunca exerceu a profissão, e preferiu trabalhar como professor numa escola de segundo grau ensinando a língua portuguesa. Em 1944, casou com Elza Maia Costa de Oliveira, uma colega de trabalho. Os dois trabalharam juntos pelo resto de suas vidas e tiveram cinco filhos.

Em 1946, Freire foi indicado diretor do Departamento de Educação e Cultura do Serviço Social no Estado de Pernambuco. Trabalhando inicialmente com analfabetos pobres, Freire começou a se envolver com um movimento não ortodoxo chamado Teologia da Libertação, uma vez que era necessário que o pobre soubesse ler e escrever para que tivesse o direito de votar nas eleições presidenciais.

Em 1961, foi indicado para diretor do Departamento de Extensões Culturais da Universidade do Recife e, em 1962, Freire teve a primeira oportunidade para uma aplicação significante de suas teorias, quando ensinou 300 cortadores de cana a ler e a escrever em apenas 45 dias. Em resposta a esse experimento, o governo brasileiro aprovou a criação de centenas de círculos de cultura ao redor do país.

Em 1964, o golpe militar extinguiu este esforço. Freire foi encarcerado como traidor por 70 dias. Em seguida passou por um breve exílio na Bolívia, trabalhou no Chile por cinco anos para o Movimento de Reforma Agrária da Democracia Cristã e para a Organização de Agricultura e Alimentos da Organização das Nações Unidas. Em 1967, Freire publicou seu primeiro livro, Educação como prática da liberdade.

O livro foi bem recebido, e Freire foi convidado para ser professor visitante da Universidade de Harvard em 1969. No ano anterior, ele escrevera seu mais famoso livro, Pedagogia do Oprimido, o qual foi publicado em varias línguas como o espanhol, o inglês (em 1970), e até o hebraico (em 1981). Por ocasião da rixa política entre a ditadura militar e o socialista-cristão Paulo Freire, ele não foi publicado no Brasil até 1974, quando o general Geisel tomou o controle do Brasil e iniciou um processo de liberalização cultural.

Depois de um ano em Cambridge, Freire mudou-se para Geneva, na Suíça, para trabalhar como consultor educacional para o Conselho Mundial de Igrejas. Durante este tempo, atuou como um consultor em reforma educacional em colônias portuguesas na África, particularmente na Guiné Bissau e em Moçambique.

Em 1979 Freire já podia retornar ao Brasil, mas só voltou em 1980. Filiou-se ao Partido dos Trabalhadores na cidade de São Paulo, e atuou como supervisor para o programa do partido para alfabetização de adultos de 1980 até 1986. Quando o PT foi bem sucedido nas eleições municipais de 1988, Freire foi indicado secretário de Educação de São Paulo.

Em 1986, sua esposa Elza morreu e Freire casou com Maria Araújo Freire, que também seguiu seu programa educacional.

Em 1991, o Instituto Paulo Freire foi fundado em São Paulo para estender e elaborar suas teorias sobre educação popular. O instituto mantém os arquivos de Paulo Freire.

Freire morreu de um ataque cardíaco em 2 de maio de 1997, às 6h53, no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, devido a complicações na operação de desobstrução de artérias, mas teve um infarto.

Primeiros trabalhos

No início da década de 1960 montou, no estado de Pernambuco, um plano de alfabetização de adultos que serviu de base ao desenvolvimento do que se denominou Método Paulo Freire de alfabetização popular, reconhecido internacionalmente.

Durante o regime militar de 1964, Paulo Freire foi considerado subversivo, foi preso e depois exilado, tendo assim de interromper a Campanha Nacional de Alfabetização, a qual liderava com o apoio de João Goulart, quando este foi presidente.

Com a anistia, na década de 1980, retornou ao país, tendo dirigido a Secretaria Municipal de Educação de São Paulo durante a administração de Luiza Erundina (1989-1993).

A Pedagogia da Libertação

Paulo Freire delineou uma Pedagogia da Libertação, intimamente relacionada com a visão do terceiro mundo e das classes oprimidas na tentativa de elucidá-las e conscientizá-las politicamente. As suas maiores contribuições foram no campo da educação popular para a alfabetização e a conscientização política de jovens e adultos operários, chegando a influenciar em movimentos como os das CEBs - Comunidades Eclesiais de Base.

No entanto, a obra de Paulo Freire ultrapassa esse espaço e atinge toda a educação, sempre com o conceito básico de que não existe uma educação neutra: segundo a sua visão, toda a educação é, em si, política.

Palavras (articuladoras do pensamento crítico) e a pedagogia da pergunta, são princípios da pedagogia de Paulo Freire.

Frases

  • Nos anos 60 fui considerado um inimigo de Deus e da Pátria, um bandido terrível. Hoje diriam que eu sou apenas um saudosista das esquerdas.
  • Descobri que o analfabetismo era uma castração dos homens e das mulheres, uma proibição que a sociedade organizada impunha às classes populares.
  • O que o capitalismo tem de bom é apenas a moldura democrática. Um dos maiores erros históricos das esquerdas que se fanatizaram foi antagonizar socialismo e democracia.
  • O Mobral (Movimento Brasileiro de Alfabetização, implantado durante o regime militar) nasceu para negar meu método, para silenciar meu discurso.
  • Meu sonho de sociedade ultrapassa os limites do sonhar que aí estão.
  • O autoritarismo é uma das características centrais da educação no Brasil, do primeiro grau à universidade.
  • Os negros no Brasil nascem proibidos de ser inteligentes.
  • A democracia não pretende criar santos, mas fazer justiça.
  • Eu não aceito que a ética do mercado, que é profundamente malvada, perversa, a ética da venda, do lucro, seja a que satisfaz ao ser humano.
  • A educação já foi tida como mágica, podia tudo, e como negativa, nada podia. Chegamos à humildade: ela não é a chave da transformação da sociedade.
  • Um dos grandes pecados da escola é desconsiderar tudo com que a criança chega a ela. A escola decreta que antes dela não há nada.
  • Criar o que não existe ainda deve ser a pretensão de todo sujeito que está vivo.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Constantin Stanislavski

Disse Stanislavski:

"Todos os nossos atos, mesmo os mais simples, aqueles que estamos acostumados em nosso cotidiano, são desligados quando surgimos na ribalta, diante de uma platéia de mil pessoas. Isso é por que é necessário se corrigir e aprender novamente a andar, sentar, ou deitar. É necessário a auto-reeducação para, no palco, olhar e ver, escutar e ouvir."

Constantin Stanislavski, em russo Константин Сергеевич Станиславский, (Moscou, 5 de janeiro de 1863Moscou, 7 de agosto de 1938) foi um ator russo.
Ator desde os catorze anos, foi um dos fundadores do Teatro de Arte de Moscou, criador do Sistema Stanislavski de
atuação realista, ainda hoje básico na arte da representação.
Nascido numa família rica, sua primeira apresentação ocorreu quando ainda tinha sete anos. Logo no início de sua carreira (provavelmente com o intuito de preservar o nome da família, posto que a atividade do ator não era bem vista), adotou o sobrenome Stanislavski. Em algumas traduções seu nome é escrito ‘Konstantin Stanislavsky”.
Em 1888, Stanislavski fundou a Sociedade Literária e Artística do Teatro de Maly, onde ganhou experiência de palco e atuação. Dez anos depois, foi co-fundador do Teatro de Arte de Moscou (MKhAT), junto a Vladimir Nemirovich-Danchenko. Ali foi diretor de Anton Chekhov, que tornou-se-lhe discípulo. A peça A Gaivota foi das primeiras apresentações de ambos, ali.
Ali, no Teatro de Arte, foi que começou a desenvolver o seu famoso “Sistema Stanislavski”, baseado na tradição realista de Aleksandr Pushkin. (freqüentemente chamado “método”, isto na verdade é uma imprecisão técnica, pois o Método foi desenvolvido a partir daquele).

O Sistema Stanislavski

Quando começou a atuar, Stanislavski estava às voltas com duas formas distintas de representação, que marcaram a evolução desta arte no século XIX: o teatro tradicional (bastante estilizado, onde o ator exibia gestos nada realistas) e a técnica recém-surgida de representação realista.
O diretor observou, então, os grandes atores de seu tempo, além de contar com as próprias experiências. Constatou que aqueles intérpretes agiam de forma natural e intuitiva – mas que nada havia capaz de traduzir suas atuações em palavras, que fosse capaz de perpetuar aquele conhecimento. Resolveu, portanto, criar um sistema que, com o seu nome, passou às gerações futuras e ainda hoje serve de base para a formação de todo bom ator.
O núcleo deste sistema está na chamada “atuação verossímil”, uma série de técnicas e princípios que hoje são considerados fundamentais para o desempenho do ator.
Ao contrário da percepção de naturalidade que observara, descobriu que a atuação realista era, em verdade, muito artificial e difícil - e que somente seria adquirido mediante uma série de estudos e práticas, que compilou.


Influência e desenvolvimento do "Sistema"

Stanislavski também influiu na ópera moderna, e impulsionou os trabalhos de escritores como Máximo Gorki e Anton Tchecov. Tendo sobrevivido às duas Revoluções Russas (de 1905 e 1917), certamente contando com a proteção do líder Lênin, e já em 1918 estabelece no país o Primeiro Estúdio, destinado a lecionar a arte dramática para jovens atores - e dedica-se a escrever vários de seus estudos.
Seu sistema, também chamado de Método da Ação Física, teve diversos seguidores, nas várias fases em que foi desenvolvido. Um de seus alunos (Richard Boleslavski), fundou em 1925 o "Laboratório de Teatro", nos Estados Unidos. Esta iniciativa, baseada apenas na chamada "memória emotiva", causou grande impacto no teatro americano, mas a técnica de Stanislavski evoluiu ainda mais.
Stella Adler foi a única americana que estudou com Stanislavsky, segundo o Método de Ação Física (em Paris, durante 5 semanas no ano de 1934). Adler apresentou o novo método a outro teórico da representação,
Lee Strasberg, que o rejeitou - motivo pelo qual Adler declarou que ele "entendeu tudo errado"...
De 1934, ano em que Adler estudou com ele, até sua morte em 1938, Stanislavski continuou no desenvolvimento de seu sistema, acrescentando novas idéias e reforçando as já desenvolvidas.


Legado e atores

Desde o Actor´s Studio, em Nova Iorque, a muitos outros mundo afora, as técnicas de Stanislavski seguem preparando grandes atores.
Um bom exemplo, popularizados nas telas cinematográficas, temos em:
Jack Nicholson, Marilyn Monroe, James Dean, Marlon Brando, Montgomery Clift, Steve McQueen, Paul Newman, Warren Beatty, Geraldine Page, Dustin Hoffman, Robert De Niro, Al Pacino, Jane Fonda e muitos mais. Mais recentemente temos Benicio Del Toro, Mark Ruffalo, Johnny Depp e Sean Penn.
Charlie Chaplin disse, sobre Stanislavsky:
O livro de Stanislavski, "A preparação do ator", pode ajudar todas as pessoas, mesmo longe da arte dramática."
Stanislavski lutou por facilitar o trabalho do ator. Mas, acima de tudo, declarou:
"Crie seu próprio método. Não seja dependente, um escravo. Faça somente algo que você possa construir. Mas observe a tradição da ruptura, eu imploro."

domingo, 13 de janeiro de 2008

COMÉDIA?

A comédia é o uso de humor nas artes cênicas. Também pode significar um espetáculo que recorre intensivamente ao humor. De forma geral, "comédia" é o que é engraçado, que faz rir.
No surgimento do teatro, na Grécia, a arte era representada, essencialmente, por duas máscaras: a máscara da tragédia e a máscara da comédia. Aristóteles, em sua Arte Poética, para diferenciar comédia de tragédia diz que enquanto esta última trata essencialmente de homens superiores (heróis), a comédia fala sobre os homens inferiores (pessoas comuns da pólis). Isso pode ser comprovado através da divisão dos júris que analisavam os espetáculos durante os antigos festivais de Teatro, na Grécia. Ser escolhido como jurado de tragédia era a comprovação de nobreza e de representatividade na sociedade. Já o júri da comédia era formado por cinco pessoas sorteadas da platéia.
Porém, a importância da comédia era a possibilidade democrática de sátira a todo tipo de idéia, inicialmente política. Assim como hoje, em seu surgimento, ninguém estava a salvo de ser alvo das críticas da comédia: governantes, nobres e nem ao menos os Deuses (como pode ser visto, por exemplo, no texto "As Rãs", de Aristófanes).
Hoje a comédia encontra grande espaço e importância enquanto forma de manifestação crítica em qualquer esfera: política, social, econômica. Encontra forte apoio no consumo de massa e é extremamente apreciada por grande parte do público consumidor da indústria do entrenimento.
Assim, atualmente, não há grande distinção entre a importância artística da tragédia (mais popularmente conhecida simplesmente como "drama") ou da comédia. Em defesa do gênero, o crítico de artes Rubens Ewald Filho lembra o ditado: "Morrer é fácil, difícil é fazer comédia". De fato, entre os artistas, reconhece-se que para fazer rir é necessário um ritmo (conhecido como "timing") especial que não é dominado por todos.
É difícil analisar, cientificamente, o que faz uma pessoa rir ou o que é engraçado ou não. Mas uma característica reconhecida da comédia é que ela é uma diversão intensamente pessoal. Para rir de um fato é nescessário re/conhecer (rever, tornar a conhecer) o fato como parte de um valor humano - os homens comuns - a tal ponto que ele deixa de ser mitológico, ameaçador e passa a ser banal, corriqueiro, usual e pode-se portanto rir dele. As pessoas com frequência não conseguem achar as mesmas coisas engraçadas, mas quando o fazem isso pode ajudar a criar laços poderosos.
Uma das principais características da comédia é o engano. Frequentemente, o cómico está baseado no facto de uma ou mais personagens serem enganadas ao longo de toda a peça. À medida que a personagem vai sendo enganada e que o equívoco vai aumentando, o público (que sabe de tudo) vai rindo cada vez mais.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Ser Ator

Todo ator deve partir do reconhecimento de si mesmo como um instrumento que tem que ser afinado todos os dias. Assim como qualquer artista treina com seu instrumento de criação, o ator tem que treinar com seu instrumento. O seu corpo num todo expressivo.

Por isso necessita de um espaço para exercitar-se, onde possa fazer seus exercícios, essa ginástica tão especial do treinamento do ator. Um espaço que permita ao ator experimentar novas cores, cometer erros, inventar, viajar com sua imaginação, vencer suas limitações, inseguranças, medos, etc. Há uma frase de Goethe que sintetiza melhor. “O trabalho do ator desenvolve-se em público, mas sua arte se faz em privado”.

Ler, enfrentar o outro, mergulhar nas próprias memórias emocionais, dialogar, jogar, deparar-se com as dificuldades enfrentadas pelo corpo e mente que inibem a expressão.

Nossa vida e história pessoal posta à disposição da interpretação. Aprender a “estar sendo” em todo momento. É um processo de descoberta de si mesmo para chegar ao cenário num estado presente, real e de vida. Estar mais perto do que sentimos e longe da “atuação”.

Normalmente, nós adotamos uma conduta de dissimulação social de nossas dificuldades, mas estas estão presentes. Assim, as dificuldades e limitações da pessoa-ator são levadas ao cenário. Por isso, compreender, trabalhar e expor nossas limitações nos permite ser mais livres, já que não temos mais nada que esconder. Quando o ator funciona num estado de ser, tudo o que sente está incluso na vida que interpreta. Logo, a emoção que se origina contém toda sua própria verdade e realidade pessoal.

Nosso lema é “Não atue, por favor”

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

UM POUCO SOBRE A HISTÓRIA DO TEATRO

Surgimento do Teatro

“TEATRO” A origem desta palavra vêm do Grego “Theátron”. Posteriormente passou para o Latim como Theatru. Esta palavra, quando passou para o português, a vogal “U” foi simplesmente trocada pela vogal “O”. o teatro surgiu no Egito há aproximadamente três mil anos antes de Cristo. Algumas peças começaram a aparecer na Grécia com Homero no período de oitocentos anos antes de Cristo. Quanto a este passado muito distante, pouco se sabe, a maioria dos autores e de seus livros, até nos dão alguma certeza de que o teatro é tão velho quanto a existência do homem.

Por volta de quinhentos anos antes de Cristo, surgiu em Atenas a figura de TEPIS, considerado como sendo o primeiro ator. Ele era praticamente tudo, encenador, ator, autor e até mesmo empresário. Criou um teatro ambulante, promoveu a criação de festivais e também inventou a máscara. Em seus inúmeros manuscritos, o dramaturgo Árion nos descreve as inúmeras façanhas de Téspis, como também fala sobre FRÍNICO, foi ele quem introduziu no teatro a personagem feminina e a fixação antecipada de entradas e saídas de cena. ESQUILO, a criação do segundo ator e a descoberta da ação dramática. A maioria dos historiadores costumam dividir o teatro em dois grandes períodos.

O período inconsciente em que as manifestações eram expressadas através de rituais, pantomimas religiosas e atos mágicos, e aquele que é escrito com finalidade especifica de representação, na Grécia antiga, estes povos realizavam festas em honra ao Deus DIONISO. Estas festas eram realizadas tanto no campo (rurais) como na cidade (urbana). Acontecia de tudo, procissões, danças, cânticos (ditirambos) e corais. As festas no campo eram logo transformadas em concursos de tragédias e comédias. As festas urbanas, eram iguais as rurais, mas eram realizadas durante toda a semana, mas somente na primavera. Convencendo-se que o teatro nasceu na Grécia, no culto ao Deus DIONISIO e suas manifestações, várias eram as histórias que se falavam deste Deus. O jovem Dionísio era perseguido pelos Titães e estes mataram-no, cortaram-no e pedaços e atiraram-no para dentro de uma caldeira com água fervendo. Mas DIONISIO renasceu gloriosamente. Já em outra versão, mostram-nos DIONISIO aflito, lançando-se a o mar para fugir a perseguição de Licurgo o assassino de homens, recolhido por Tetis e cegado por ZÉUS, morre para finalmente ressuscita triunfantemente após a paixão.

Origem do Teatro no Brasil

O Primeiro documento referente à arte no Brasil é “O AUTO DA PREGAÇÃO UNIVERSAL”, de Anchieta. Foi encomendado pelo Padre Manoel de Nóbrega, com o principal objetivo de catequizar os índios, apresentavam-se nos interiores das Igrejas (cantos e danças), sendo que mais tarde começou-se a apelar pelos maus constumes, criando assim a censura em nome de EL REI na terra e DEUS no Céu. Martins Pena pode ser considerado o fundados do teatro nacional com suas vinte comédias como: “O JUIZ DE PAZ NA ROÇA”, que estreou em 1938, com JOÃO CAETANO, o primeiro ator profissional brasileiro.

OS primeiros teatros

As primeiras manifestações teatrais no Rio de Janeiro de que temos notícias concretas, foram os AUTOS encenados pelos jesuítas, através da representação da vida de CRISTO e dos Santos Católicos, a população era chamada a se integrar mais profundamente à prática religiosa. Além da catequese dos índios, estas encenações visando também os colonos que aqui viviam ”Distantes da Lei de Deus”. Toda a comunidade participada dessas representações. Os atores (somente homens como o costume de época) eram os noviços, os colonos e os indígenas. Cada ato era representado num local, geralmente ao ar livre. Os diálogos eram travados ora em Português, ora em Castelhano e até mesmo em Tupi. O primeiro edifício teatral dói o do Padre Ventura. Não é de se estranhar que o primeiro empresário do Rio de Janeiro, tenha sido da Igreja, além do grande poder sócio-econômico exercido por ela.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

Teatro / Arte Dramática: Conceitos

Definição de Aristóteles: Em sua obra “A arte Poética”: A tragédia (O Teatro) é a imitação da ação.

Definição de Stanislavski: A arte Dramática é a capacidade de representar a vida do espírito Humano, em público e em forma artística.

A palavra grega TEATRON designava o local destinado à acomodação das pessoas que assistiam à representação. Literalmente significa “lugar de onde se vê”.

ATOR: é aquele que pratica a ação, para os gregos era o celebrante do ritual de Dionísio que foi a origem da representação teatral no ocidente.

PERSONAGEM: A palavra vem do termo grego Persona. Personagem é a pessoa imaginária que é representada, imitada pelo ator.

ESPECTADOR
: Ele faz parte do jogo teatral, é alguém que assiste o ator representar, a imitar a ação, mas reage, no momento, como se estivesse diante do personagem a praticar a ação imaginada.

ATOR, PERSONAGEM E ESPECTADOR: são os elementos indispensáveis ao teatro. Se um deles não estiver presente, não há teatro. Todos os outros componentes são opcionais, de acordo com a concepção do espetáculo.

AUTOR/DRAMATURGO: Artista que escreve a obra/peça teatral (não confundir, nem usar a palavra roteirista para se referir ao teatro. Roteirista escreve roteiros para cinema, televisão e vídeo).

TEXTO TEATRAL (PEÇA): Obra literária específica para o teatro, contém os diálogos e as indicações de cena (rubricas).
Atenção: Não confundir peça teatral com script cinematográfico. Em inglês script denomina o roteiro de cinema e a palavra Play denomina a peça de teatro.

ENCENAR: Encenar é transformar um texto ou uma idéia em um espetáculo teatral. Empregar todos os componentes do teatro para a construção da cena, segundo regras próprias, tendo como objetivo comunicar intelectual e sensorialmente, contando com a colaboração da equipe técnica e de elenco. Numa montagem teatral pode haver a figura do diretor/encenador, ou não. Existem determinados tipos de encenação que não possuem um diretor e sim direção/criação coletiva, improviso ou performance individual.