quinta-feira, 30 de julho de 2009

A CIA NO ENCONTRO DE PONTOS DE CULTURA



Nos dias 8 , 9 e 10 de julho aconteceu em Salvador no salão de convenções do hotel Fiesta o 1 encontro de Pontos de Cultura da Bahia com a participação de representantes de 220 Pontos de Cultura.

A Cia de Teatro Solidário de Brotas - CTSB, estava presente na abertura e se apresentou com Técnicas do Teatro do Oprimido, com o Diretor Fábio Marceloe os atores de ouro Robson Raycar, Fernanda Vidal, Mary Ramos e Gabriel Bispo, os quais se destacaram representando nao só a CTSB como tambem o Ponto de Cultura Solar Boa Vista.

I Encontro dos Pontos de Cultura da Bahia aconteceu num clima de alegria e confraternização, a oportunidade de reencontrar e conhecer amigos , colegas de trabalho e de ofício, trouxe a emoção a todos que se abraçaram nestes três dias do programação. Os Ponteir@s se encontraram no Hotel Fiesta, em Salvador. O evento teve início no dia 08 e durou até o dia 10 de julho de 2009.Na abertura contou-se as presenças do Governador do Estado o Sr. Jaques Wagner, do Secretário Nacional de Programas e Projetos do MINC o Sr. Célio Turino, Do Secretário de Cultura da Bahia o Sr. Márcio Meirelles, da Superintendente de Cultura da Bahia a Drª Ângela Andrade, da Coordenadora dos Pontos de Cultura da Bahia Sophia Rocha, Do Representante da Bahia na Comissão Nacional dos pontos de Cultura, da Presidente do Fórum dos Dirigentes Municipais de Cultura da Bahia a Srª Normelita, do Diretor-Geral do Instituto de Gestão das Águas e Clima (Ingá) o Sr. Júlio Rocha, da Diretora Executiva do Fundo Estadual de Combate a Erradicação da Pobreza (FUNCEP) Maria Mota.No segundo dia do encontro aconteceu o II Fórum dos Pontos de Cultura da Bahia, onde foram discutidos temas relevantes a rede e a auto sustentabilidade dos Pontos. Foi também eleita a nova diretoria do Fórum e foi decidida a representação de todos os territórios na comissão. Assim sendo, foram eleitos 26 representantes territoriais que comporão a nova comissão, e ficou decidido que a atual comissão vai trabalhar em conjunto durante a fase de transição com a comissão anterior.Para o Território Litoral Sul foi eleito o Sr. Luiz Dantas, Coordenador do Ponto de Cultura da Associação do Culto Afro Itabunense, da cidade de Itabuna, e como suplente o Sr. Letto Nicolau do Ponto de Cultura CAIS da cidade de Ilhéus.A expectativa é que esses representantes territoriais possam articular e divulgar junto aos outros Pontos do seu território, prefeituras municipais, Secretarias de Cultura e demais entidades que ainda não são Pontos de Cultura oficiais, as políticas públicas do estado, sistema estadual de cultura, lei orgânica da cultura, municipalização da cultura, organização das conferências de Cultura que iniciam em setembro em todos os estados, apoios e parcerias que tragam benefícios as atividades dos Pontos, garantindo a continuação do Programa Pontos de Cultura, através da conscientização da comunidade sobre a importância desse e de outros programas implementados por este governo.Foram anunciados novos editais a serem lançados imediatamente, voltados as atividades dos Pontos.Aconteceram encontros territóriais e temáticos, trazendo a tona a realidade dos pontos, dificuldades e sucessos, buscando no diálogo a troca de experiência e a parceria entre as instituições culturais do estado da Bahia.

terça-feira, 21 de julho de 2009

SURGIMENTO DO TEATRO


O teatro originou-se no momento em que um ser humano imitou outro. Na história, esse é um momento difícil de precisar. De maneira geral, o ser humano não aprende a andar, falar, comportar-se imitando outros seres? Se o teatro é a arte de imitar, podemos concluir que é praticamente impossível saber em que momento e onde ele surgiu, pois sua história se confunde com a história da humanidade.

Desde as sociedades primitivas, até mesmo pré-históricas, os homens realizavam rituais e práticas religiosas que continham elementos teatrais: representação, dança e música. Como a maioria dos povos primitivos não tinha escrita, sabemos poucos detalhes sobre essas formas embrionárias de teatro.

As informações escritas mais completas e detalhadas que chegaram até nós referem-se às encenações teatrais da Grécia antiga.

Na Grécia, as primeiras manifestações teatrais mais parecidas com o nosso teatro atual datam do século VII a.C.

O deus do vinho na mitologia grega era Dionisio (chamado de Baco pelos romanos) e os gregos organizavam rituais religiosos para honrar esse deus. Esses rituais eram comandados por um coro cujos componentes usavam máscara representando animais, declamavam, cantavam e dançavam. Ainda não havia atores, como hoje.

Com a importância desses rituais na vida dos gregos, foi criado um local especial para sua realização. Edificação em encosta escavada, coberta por fileiras de arquibancadas semicirculares voltadas para um espaço circular no qual ficava o altar e se apresentava o coro. Esse local recebeu o nome de teatro, termo que com o tempo acabou designando as representações que aí ocorriam.

Segundo a mitologia, Dionisio foi quem ensinou aos homens o cultivo da vinha. Logo depois, um bode derrubou as parreiras e foi castigado com a morte. Os homens arrancaram a pele do animal e sobre ela começaram a cantar e beber até caírem desmaiados. Os mais fortes, que conseguiram dançar e cantar até o raiar do dia, foram premiados com a carne do bode e a sua pele embebida em vinho.

Nos rituais do deus Dionisio, procurava-se reproduzir o mito. O coro, cantando em procissão, dirigia-se ao local do culto. No altar, o sacerdote preparava a cerimônia: um bode era oferecido em sacrifício. Conta-se que certa vez, no século VI a. C., um integrante do coro, de nome Téspis fortemente imbuído do espírito do ritual, saiu do coro e afirmou ser Dionisio. Estava criada a função de ator.

Drama

Nessa época, surge o texto dramático, isto é, o texto criado para teatro (a palavra drama, em grego, significa ação).

Tragédias

Inicialmente, surgem as tragédias (a palavra tragédia, em grego, relaciona-se a bode, animal sacrificado no ritual). No primeiro cortejo em homenagem a Dionisio, eram entoados cantos com partes alegres e tristes, que narravam os aspectos mais felizes e os mais dolorosos de sua vida. Com o tempo, esse canto originou a tragédia.

Comédias

Quase um século depois, são criadas as comédias (o termo surge da fusão entre as palavras comos, que significa desfile, cortejo, e odè, que significa canto). Durante as festas de Dionisio, eram realizados desfiles ao som de hinos. Aos hinos, acrescentavam-se zombarias dirigidas aos espectadores. Assim, esse elemento do ritual deu origem à representação alegre e zombeteira que caracteriza a comédia.

Nas tragédias e comédias gregas havia o coro e os atores. O coro representava a sociedade e dialogava com os atores. Os atores, sempre homens, usavam máscaras de rostos humanos e rico figurino. A máscara era conhecida pelo nome de persona (em latim, sona deriva do verbo soar e per significa através de; persona é a voz que soa através da máscara).

Com o tempo, as máscaras se tornaram o símbolo das representações teatrais: a máscara triste representa a tragédia. Observe os cartazes de peças teatrais, seções sobre teatro em jornais e revistas: freqüentemente aí aparecem essas máscaras, para que haja associação imediata entre o conteúdo da informação e o teatro.

O primeiro grande escritor de tragédias de quem se conservam textos é Ésquilo (525 a. C. – 456 a. C.), autor de Prometeu Acorrentado, entre outras peças. Dois outros principais dramaturgos da época são Sófocles (496 a.C. – 406 a. C.), que escreveu Édipo Rei entre outras obras primas e Eurípides (484 a.C. – 406 a.C.), autor de Medéia e Electra entre outros. Essas antigas tragédias gregas, encenadas até hoje, foram a base do teatro ocidental. Eram produções que se assemelhavam mais a uma ópera do que a um drama dos tempos atuais.

As mais antigas comédias que nos sobraram são de Aristófanes (445 a.C. – 386 a.C.). Um pouco depois surge a comédia de costumes, criada a partir de fatos do cotidiano. O principal autor desse gênero é Menandro (342 a.C. – 292 a.C.).